participação feminina no agronegócio é destaque dentro e fora da porteira. Em pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Agronegócio, as mulheres ocupam 30% dos cargos de gestão do segmento, mais do que o registrado em áreas como a indústria e a tecnologia.
Atuando em várias frentes, elas são gestoras, produtoras, profissionais, empreendedoras, estudantes e pesquisadoras, construindo assim o futuro da agropecuária dentro das propriedades, nas organizações empresariais, no cenário político e no campo científico.
Agro: Negócio de mulher.
Dados do Censo Agropecuário de 2017, do Ministério da Agricultura e da Embrapa, além dos dados da pesquisa da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), mostram a importância e o crescimento das mulheres na gestão das propriedades:
- Vale lembrar que 43% dos 1,3 bilhões de pequenos agricultores no mundo são mulheres, segundo a Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas (ONU);
- O Brasil tem mais de 5 milhões de empreendimentos rurais;
- Tem quase 1 milhão de mulheres no comando das propriedades;
- Elas administram cerca de 30 milhões de hectares;
- Sobre a concentração geográfica: a maioria está na região Nordeste com (57%), seguida pelo Sudeste com (14%), Norte com (12%), Sul com (11%) e Centro-Oeste, que concentra apenas 6% de mulheres participantes da gestão.
É nítido o avanço das mulheres em um território majoritariamente masculino, mas ainda há bastante a conquistar e um dos grandes aliados das profissionais e futuras profissionais do agronegócio é o conhecimento.
No agronegócio, o aprendizado deve ser diário, o conhecimento abre portas e até janelas, é necessário que busquemos diariamente aperfeiçoamento e qualificação. Com o crescente nível de instrução das trabalhadoras, o maior grau de formalização do emprego e o bom nível de satisfação com o trabalho, as mulheres ganham voz e ocupam lugares de destaque onde atuam.
Além do conhecimento, na era da comunicação uma boa rede de contato faz toda a diferença na construção de uma carreira. No agro, um bom networking é essencial. Networking caracteriza-se por fomentar uma rede de contatos profissionais onde é possível trocar experiências, informações e dessa forma estabelecer parcerias, relacionamentos e potencializar oportunidades de negócios.
Girls just wanna have farm!
Garotas, mulheres querem maior presença feminina, não apenas em fazendas. É primordial a busca das mulheres por diferentes posições no mercado, como RTVs, assistentes técnicas, na gestão, no comercial, atuando no planejamento estratégico, dentre outros. É importante ocuparmos esses lugares. Afinal, as mulheres ganham mercado buscando cada vez mais capacitação, com força de vontade e sem medo de pôr a mão na massa.
A equidade de gênero e respeito são valores necessários cotidianamente, em qualquer ambiente de trabalho. Dessa forma, faz-se de suma importância o incentivo à capacitação como uma forma de crescer e contribuir para alcançar os objetivos das profissionais, incentivando assim a formação de equipes mais talentosas.
Quando o “homem do campo” é uma mulher aumentamos também a diversidade de perspectivas para o agronegócio. As mulheres têm papel importante na evolução de toda cadeia do agronegócio e conforme a representatividade feminina ganha força, outras mulheres se inspiram a também buscarem espaço no setor. Afinal, elas estão onde querem, inclusive no agro.